Ourivesaria e Ótica Ferreira

História

A ourivesaria foi fundada em 1958 e a Ótica em 1972, por Joaquim Ribeiro Ferreira (1927 - 1984) e Ana Ferreira de Castro (nascida em 1929), na Rua Doutor Pereira Caldas.

Joaquim Ribeiro Ferreira, após ter deixado a escola aos 10 anos de idade, começou a trabalhar na área da ourivesaria, na “Oficina” J. Pinto & Soares, onde se manteve por mais de 10 anos.

Por volta dos 31 anos, decidiu criar a sua própria Ourivesaria, na Rua Pereira Caldas, onde permaneceu por cerca de 14 anos, até se mudar em 1972, para o local atual, na Rua Dr. Abílio Torres n.º 520.

Manuel Francisco de Castro Ferreira, filho dos fundadores, com 22 anos de idade, após ter concluído os estudos em Engenharia Civil e, por conta do falecimento de seu pai, Joaquim Ribeiro Ferreira, optou por dar continuidade ao negócio familiar.

Esta Ourivesaria sempre constituiu um marco importante na vida dos Vizelenses, que comemoravam importantes datas e festividades, com a aquisição de artigos em ouro, nomeadamente alianças, brincos, anéis, entre outros.

Por sua vez, a Ótica Ferreira, por ter sido pioneira nesta área, facilitou a vida de muitos clientes, reduzindo o tempo de espera para o uso de óculos por recomendação médica, uma vez que já não era necessário solicitar as armações para as lentes, em uma outra cidade (Porto).

Este é um negócio tradicional baseado na confiança, em que as relações afetivas, a par das especificações técnicas das peças, são igualmente importantes para os clientes, que são considerados amigos e se dirigem à loja com frequência, sentando-se confortavelmente para conversar e desabafar, sendo uma dinâmica enraizada no dia-a-dia de alguns clientes.

O edifício, de 1965 e pertencente à família Ferreira, foi alvo de obras em 1996 para aumentar a dimensão da Ourivesaria, utilizando o espaço que na altura pertencia à Ótica. Há 26 anos que a Loja mantém então a mesma configuração e mobiliário.

A Ourivesaria manteve, além de muitas outras relíquias, um relógio da década de 60, com pintura lacada, que inicialmente era para venda, mas após o falecimento do pai, a família decidiu mantê-lo em exposição, sendo a peça em destaque na Loja, mantendo-se na mesma posição, há 25 anos.